Apesar da famigerada crise, temos orgulho de apresentar:
4ª edição da Mostra Paulista de Cinema Nordestino.
O Nordeste é um importante pólo de produção audiovisual e de organização de festivais de cinema (Recife – Cine PE, Fortaleza - Cine Ceará, São Luís - Festival de Cinema Guarnicê, Natal - Festival de Cinema de Natal). Contudo, essa produção é pouco divulgada no eixo Rio - São Paulo. A Mostra Paulista de Cinema Nordestino visa a preencher essa lacuna, trazendo o maior número de audiovisuais nordestinos, de todos os tempos e Estados, divulgando sua riqueza e diversidade.
Além disso, é preciso considerar que a área metropolitana de São Paulo é habitada hoje pelo maior contingente de nordestinos e de seus descendentes fora do Nordeste. Esses habitantes da periferia da capital e municípios vizinhos não têm o hábito de freqüentar o cinema por razões financeiras, sobretudo. Por essa razão que a Mostra Paulista de Cinema Nordestino, criação e realização da MAC Media, Arte Conhecimento desde 2006, traz o cinema nordestino ao público de São Paulo sem a cobrança de ingressos.
Além do Centro Cultural São Paulo, importante ponto de encontro de manifestações culturais da cidade, a Mostra acontece também em espaços comunitários e culturais do centro expandido, como Cinema na Laje, de Campo Limpo, o pizza bar Madeleine, na Vila Madalena e a Casa Arte e Cidadania, de Heliópolis. A mostra acontecerá também no município de Taboão da Serra.
As atividades previstas para esta 4ª Mostra Paulista de Cinema Nordestino são:
-Exibição de filmes, animações e vídeos de realizadores nordestinos de todas as épocas. Neste ano conseguimos reunir uma parcela significativa de filmes do Maranhão, trazendo o premiado curta-metragem “Pelo Ouvido”, de Joaquim Haickel; o documentário "Terras de Quilombo - Uma Dívida Histórica", do cineasta e pesquisador Murilo Santos sobre a situação dos quilombolas com a instalação da base aero-espacial de Alcântara e também um curta-metragem feito em plano seqüência de Francisco Colombo chamado “Reverso”.
-Como destaques da Mostra teremos a exibição de três filmes do renomado cineasta cearense Rosemberg Cariry com cópias remasterizadas de “Corisco e Dada”, “Lua Cambará – A Escadaria do Palácio” e “Patativa do Assaré-Ave Poesia”. E ainda o filme “Ai que Vida”, de Cícero Filho, sucesso absoluto entre os camelôs do eixo Teresina-São Luis.
-Lançamento do curta-metragem “Lá vem o Juvenal!”, do conhecido cineasta, militante curta-metragista Hermano Figueiredo de Alagoas. E a estréia de Regina Célia Barbosa, também de Alagoas, com “DJ do Agreste”.
-Lançamento do livro “Documentário Nordestino” da cineasta piauiense Karla Holanda. Este livro é uma referência muito importante para a pesquisa do cinema produzido no Brasil. Para se ter uma idéia de sua importância, de 1995 a 2001 foram produzidos 240 títulos sobre os mais variados temas da realidade nordestina, revelando a vocação do Nordeste para produzir documentários.
Exibição de vinte e três animações propostas pelo Núcleo de Animação da Casa Amarela Eusélio Oliveira – NUCA. Haverá um debate sobre a produção de animação no Brasil e no Nordeste com o cineasta André Dias, diretor e instrutor de cinema de animação do Ceará. Um dos destaques das animações cearenses é o curta-metragem “Vida Maria”, de Márcio Ramos, premiado em festivais nacionais e internacionais. Além das animações cearenses , trazemos o premiadíssimo “Calango Lengo – Morte e Vida Sem ver Água”, de Fernando Miller (RJ), e “O Jumento Santo e A Cidade que se Acabou antes de Começar”, de Leo D. e Willian Paiva (PE), dois exemplos de como temas áridos podem ser tratados com leveza e ironia. E muitas outras que serão apresentadas em um único dia (sábado, dia 19).
-Duas exibições na rua, em locais aparentemente díspares: na Vila Madalena no espaço gatronômico-cultural Madeleine e na Vila Carioca na Casa Arte Cidadania que atende a crianças carentes da região da favela do Heliópolis. O que os une é o interesse pela diversidade cultural e pelo cinema.
Nas próximas postagens divulgaremos com detalhes a programação
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