segunda-feira, 12 de agosto de 2013

1ª MOSTRA DE CINEMA NORDESTINO NOS CEUs




APRESENTAÇÃO

A 1ª Mostra de Cinema Nordestino nos CEUs proporciona importante espaço para a formação de público para o cinema nacional, além de contribuir para com o resgate da cultura nordestina, muitas vezes marginalizada nos grandes centros urbanos do sudeste do país.
 Em São Paulo, a Zona Leste abriga o maior contingente de nordestinos e de seus descendentes fora do Nordeste. Contudo, essa população que reside distante do centro, com difícil acesso aos bens culturais, é justamente uma população que não tem o hábito de freqüentar cinemas, devido ao valor impeditivo das entradas.
1ª Mostra de Cinema Nordestino nos CEUs tem por objetivo levar ao público filmes brasileiros criativos e de qualidade produzidos naquela região e premiados no Brasil e no exterior. Em suma, aquilo que os cinemas do circuito comercial não oferecem ao grande público: produção nordestina (e sobre o nordeste) de cinema de todas as épocas.

ATIVIDADES PROPOSTAS

·         Nos 18 CEUs acontecerão 05 sessões de cinema, totalizando 90 exibições, com a exibição de três longas metragens, uma sessão com a exibição de seis curtas-metragens e mais uma sessão especial infantil, com oito filmes de animação em curta-metragem, 

·         18 debates um em cada CEU da Zona Leste, enfocando a situação atual do cinema brasileiro e a produção de filmes nos Estados do Nordeste.


OS DESTAQUES DESTA MOSTRA

Longas Metragens

            Ganhador do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro do Canal Brasil, como o melhor filme de documentário de 2010, O Homem que Engarrafava Nuvens, dirigido por Lírio Ferreira, é um documentário musical sobre a vida e a obra do compositor, advogado, deputado federal e criador das leis de direito autoral Humberto Teixeira. Teixeira foi um dos compositores mais prolíficos na música popular brasileira e precursor da criação de um dos estilos mais importantes, o baião. Ele foi o responsável por clássicos como “Adeus Maria Fulô” e “Asa Branca”, a segunda canção mais popular no Brasil. Sua subida ao estrelato nos anos 50, meteórica, foi eclipsada pelo seu parceiro Luiz Gonzaga, o ícone que imortalizou suas canções e tornou-as mais conhecidas na cultura brasileira. Com a chegada da bossa nova, o baião e Humberto Teixeira afundaram-se na obscuridade. Nas décadas seguintes, sua música só era ocasionalmente registrada. O documentário acompanha a filha de Humberto Teixeira, Denise Dummont, em uma viagem para conhecer melhor o seu pai. 

            Patativa do Assaré, Ave Poesia, do grande cineasta cearense Rosemberg Cariry, A vida e a obra do poeta Patativa do Assaré, a relevância dos seus poemas, o significado político dos seus atos e a sua imensa contribuição à cultura brasileira. Dono de um ritmo poético de musicalidade única, mestre maior da arte da versificação e com um vocabulário que vai do dialeto da língua nordestina aos clássicos da língua portuguesa, Patativa do Assaré é a síntese do encontro do saber popular com o saber erudito. Patativa do Assaré consegue, com arte e beleza, unir a denúncia social e lirismo. Aço e rosa. Quem lê ou escuta a poesia de Patativa do Assaré pensa, emociona-se e conscientiza-se do mundo, porque na nela estão presentes todas as lutas e esperanças do povo; estão reunidas palavras e idéias que se erguem com a dignidade guerreira dos justos, contra todas as formas de obscurantismos e de exploração do homem. No ano de 2001, Patativa do Assaré foi apontado em sua terra como um dos mais importantes cearenses do século XX. 

            Ai, Que Vida! É o maior sucesso no eixo Teresina-São Luís. Comédia dirigida pelo jornalista e cineasta maranhense Cícero Filho, as filmagens foram feitas nas cidades de Amarante e Teresina, no Piauí; Poção de Pedras, Esperantinópolis, Timn e São Francisco do Maranhão, no Maranhão. Os atores e os técnicos foram pessoas das próprias comunidades. O filme teve um custo total de trinta mil reais, valor baixíssimo para os padrões cinematográficos.
            O filme foi lançado em 2008, no cinema de um shopping center de Teresina. Segundo a direção dos Cinemas Riverside, o filme alcançou a marca de mil espectadores em menos de uma semana, superando a bilheteria de um dos filmes da série Harry Potter naquela sala. No final da temporada, naquele shopping, o filme chegou à marca de mais de cinco mil espectadores.
            No estado do Maranhão, o filme ficou em cartaz no Cine Praia Grande, em São Luís. Ffoi exibido diariamente e teve que ganhar uma sessão extra para atender aos espectadores.  Segundo o cineasta, foram feitas pouquíssimas cópias originais desse filme, cerca de 300 DVDs apenas. Porém, Ai, que vida! se tornou popular graças à ação da pirataria. Em poucos meses, tornou-se uma febre entre os camelôs de cidades grandes como São LuísTeresina e Brasília. Ainda  espalhado por camelôs, Internet e fãs, o filme se popularizou em outras cidades menores do interior do Piauí, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Paraíba, entre outros estados do Nordeste,

Curtas Metragens
           
            Exibiremos também duas sessões com filmes curtas metragens.
            Uma sessão com um painel representativo do cinema que se faz no Nordeste hoje em dia, com filmes premiados dos Estados do Ceará, Pernambuco, Bahia e Maranhão, como a ficção científica Recife Frio, do pernambucano Kléber Mendonça Filho, vencedor como melhor curta metragem do Prêmio do Canal Brasil; Também a animação premiadíssima, com mais de 50 prêmios no Brasil e no exterior, Vida Maria, de Márcio Ramos, do Ceará.

            E uma sessão especial para crianças, com animações também premiadas, como Calango Lengo, morte e vida sem ver água, de Fernando Muller Josué e o Pé de Macaxeira, de Diego Viegas, e animações que retratam lendas e histórias típicas da região, como O Macaco e o Rabo e Árvore do Dinheiro, de Marcos Buccini, São João, de Diego Akel, Um Vestido para Lia, de Regina Barbosa Caçadores de Sacis, de Sofia Federico.

SOBRE QUEM FAZ A MOSTRA



Quem propõe a 1ª Mostra de Cinema Nordestino nos CEUs é a MAC Media Arte e Conhecimento, que desde 2006 realiza em São Paulo, capital  e em 55 municípios do Estado a Mostra Paulista de Cinema Nordestino. 

APOIO 
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO

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