Ontem, o último dia da 4ª Mostra Paulista de Cinema Nordestino no Centro Cultural São Paulo.
Na primeira sessão exibimos o curta cearense Águas de Romanza, de Patrícia Baia e Gláucia Soares, que trata de forma poética a questão da seca, através do imaginário de uma criança, e o longa O Coco, a Roda, o Pneu e o Farol, de Mariana Fortes, documentário pernambucano sobre o Coco e seus cantadores. Foi bonito ver no público muitos pernambucanos que se identificavam com os personagens, com os lugares e com os sotaques. Como já se tornou costume, o público permaneceu até o final, alguns batucando o Coco no braço do assento, outros, em pé, requebrando ao som dos letreiros.
Na segunda sessão foi exibido pela primeira vez na Mostra um filme do eixo Piauí/Maranhão, o engraçadíssimo longa metragem Ai que Vida!, de Cícero Filho, produção de baixo custo sobre as agruras de um povoado à mercê de um prefeito corrupto.
Sucesso absoluto. O público vibrou. "Isso sim é que é cinema brasileiro", bradou um professor enquanto aplaudia os letreiros finais.
Na última sessão exibimos o curta A Montanha Mágica, de Petrus Cariry, que evoca memórias da infância sobre parques de diversão. E, para encerrar, o longa metragem Lua Cambará, nas Escadarias do Palácio, do consagrado cineasta Rosemberg Cariry, ficção baseada em histórias sangrentas do sertão cearense, mescladas com a lenda de Lilith - a Lua Negra. Filme rico em simbologias tratando a questão do negro no Brasil ao fim da escravidão. Ao término da sessão, ouvimos de uma espectadora cearense, emocionada com a beleza do filme, que a disputa de terras no sertão de Inhamuns era assim mesmo, sangrenta e sem piedade.
Mas a Mostra ainda não acabou!
Dias 23, 24 e 25 de setembro em Taboão da Serra
Dia 27 de setembro na Vila Carioca - Heliópolis
Dia 12 de dezembro em Suzano!
Até breve!!!
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